RAA em colisões pp de altíssimas energias

Informações
Responsável: 
Atividade: 
Pós-Graduação
Situação do Projeto: 
Finalizado

Resumo: Nesta dissertação discutimos a medida RAA desenvolvida para análise de observáveis de colisão núcleo-núcleo (AA), tendo em vista sua implementação em colisões próton-próton (pp). No contexto das colisões hadrônicas de altíssimas energias, o RAA compara quantidade de observáveis duros medidos em colisões AA com a quantidade do mesmo observável em colisões pp. As qualidades destas colisões são descritas pela teoria do modelo de Glauber, em que projeção analítica da produção esperada de quarks pesados (observável duro) é realizada para colisões nucleares por meio da sobreposição de colisões pp independentes. Esta projeção analítica é comparada no RAA à medida de quarks pesados em estado final de colisões AA, e desvios em relação à distribuição de momentos da seção de choque calculada teoricamente são interpretados como decorrentes da presença de plasma de quarks e glúons (PQG) na colisão medida. O plasma de quarks e glúons é o objeto de interesse do campo de estudos em que esta pesquisa se insere. Considerado presente em colisões AA centrais desde 2000, o plasma de quarks e glúons é o estado da matéria mais energético possível, em que os pártons produto da colisão se comportam livremente por breves instantes e sofrem expansão hidrodinâmica. Este processo acontece nos estágios inacessíveis da colisão. Algumas das medidas indiretas que indicam formação de plasma em colisões AA são detectadas em colisões de sistemas pequenos, pp e pA desde 2010. Ainda não foi medida supressão de provas duras no PQG. As tentativas de medir PQG em sistemas pequenos pelo método do RAA tem sido feitas por meio da comparação RpA, também definida pelo modelo de Glauber. Na presente pesquisa buscamos extrapolar o funcionamento do RAA para medidas em colisões pp. Como o núcleo em Glauber é formado por sobreposição de prótons, a resolução da descrição da colisão na teoria é discutida. Além disso verificamos que a concepção de que colisões pp não formam ambiente de PQG é importante para o estabelecimento da comparação RAA. Entendemos que as hipóteses sobre a física de estágios inacessíveis da colisão previstas pela teoria de Glauber são diferentes das hipóteses decorrentes de medidas de coletividade em sistemas pequenos. Propomos alternativamente comparações experimentais simples entre quantidades parecidas medidas em colisões pp que podem conter informações sobre supressão de observáveis duros em colisões pp de alta multiplicidade sem o uso de quantidades teóricas.

Dissertação: RAA em colisões pp de altíssimas energias